sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Anvisa aprova comercialização de primeiro stent farmacológico nacional

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o registro do primeiro stent farmacológico (com remédio) 100% nacional. O dispositivo, usado para desobstruir artérias entupidas, foi desenvolvido e testado durante sete anos por médicos do Incor, em São Paulo.
A fabricação do novo stent, que recebeu o nome de “Inspiron”, será feita pela empresa goiana Scitech, em parceria com a Innovatech.


Além de ser o primeiro stent com remédio a ser fabricado no País, o “Inspiron” também possui dois detalhes importantes: é feito com uma malha de aço hiperfina e com um polímero bioabsorvível. O polímero é o material que reveste o remédio no stent, controlando a sua liberação no organismo. A droga usada tem ação anti-inflamatória e sua função é evitar que o corpo tenha uma reação extrema e o local volte a formar placas de gordura.


Mais barato


A intenção da Scitech é que o stent chegue ao mercado na semana que vem com preço até 10% mais em conta que os modelos similares importados.


Com preços mais baixos, a expectativa dos médicos é de que o stent farmacológico seja incorporado à lista de procedimentos do SUS. Hoje, o Ministério da Saúde não fornece stents farmacológicos e reembolsa apenas os modelos convencionais.


Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia Intervencionista, diz que dentro de 90 dias a sociedade entrará com um pedido formal para que o Ministério da Saúde avalie a possibilidade de incorporar esse dispositivo ao SUS.


Estudo

O cardiologista Expedito Ribeiro, diretor do serviço de cardiologia intervencionista do Incor, diz que para aprovar o registro do Inspiron, a Anvisa levou em consideração os bons resultados apresentados em um estudo que envolveu o teste desse stent em 58 pacientes no hospital.




Fonte: Estadão

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Paulo Bauer quer zerar imposto sobre remédio

O senador Paulo Bauer (PSDB-SC) quer zerar a alíquota de impostos para todos os medicamentos. Hoje, cerca de 33,9% do valor desses produtos vai para os cofres públicos. Isso faz do país o “campeão mundial” na cobrança de impostos sobre remédios, segundo levantamento da Sindusfarma.

A proposta, conta orgulhoso, recebeu a assinatura de todos os 81 senadores, um fato inédito. Existe até briga para a relatoria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a primeira etapa para sua aprovação.

Para efeitos de comparação, os alemães pagam cerca de 15% de imposto sobre medicamentos. Japoneses e portugueses 5%. Norte-americanos, mexicanos, venezuelanos e colombianos não pagam nada.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Cientistas decifram pensamento de pessoas em coma

Num avanço que promete revolucionar a compreensão da mente e, pela primeira vez, permitir a comunicação com pessoas em coma ou que sofrem de paralisias graves, cientistas conseguiram decifrar pensamentos e transformá-los em palavras. Num estudo pioneiro, neurocientistas americanos conseguiram “ler” fragmentos de pensamentos das pessoas por meio da decodificação da atividade cerebral.
 

Como funciona

A técnica é baseada na coleta de sinais elétricos diretamente do cérebro dos pacientes enquanto eles pensavam. Com os sinais “ouvidos” dos pacientes, um software pode reconstruir os sons dos pensamentos dos pacientes. O estudo, potencialmente revolucionário, foi publicado na edição desta semana da revista PLos Biology.

A pesquisa abre caminho para compreender como se forma a linguagem. A importância será dar uma voz a pessoas incomunicáveis e trancadas dentro de si mesmas por lesões no sistema nervoso, derrames ou doenças neurodegenerativas.

Em desenvolvimento

O método ainda está em desenvolvimento, mas abre caminho para implantes cerebrais que possam monitorar os pensamentos de uma pessoa e transformar em palavras o que elas imaginarem.

Desenvolvido pela Universidade da Califórnia, o método foi testado em 15 pacientes nos Estados Unidos. O computador se mostrou capaz de decifrar a atividade cerebral dessas pessoas. Porém, a técnica ainda precisa ser aperfeiçoada, pois muitas vezes as sentenças eram incompreensíveis.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Robô portátil auxilia recuperação de pessoas que sofreram derrame cerebral

Cientistas espanhóis desenvolveram um novo robô portátil capaz de auxiliar na reabilitação de pacientes que sofreram derrame cerebral.

O dispositivo, que recebeu o nome de ArmAssist, foi criado para que o paciente possa fazer os exercícios em casa, minimizando as consequências neuromusculares e a incapacitação física decorrente do derrame.

O aparelho automatizado, desenvolvido por cientistas do Instituto de Biomecânica de Valência, na Espanha, permite um monitoramento diário do paciente, fornecendo avaliações quantitativas do desempenho durante a fisioterapia que são enviadas ao médico por meio da internet.

Apesar de fazer tudo na própria casa, o paciente continua com o acompanhamento do fisioterapeuta.

Os exercícios propostos pelo robô favorecem a reabilitação do paciente através de duas ações: avaliação e treinamento. As atividades de avaliação devem ser feitas uma vez por dia. Os exercícios de treinamento são voltados para o desenvolvimento do movimento, força, distância e precisão dos movimentos.

Quem pode usar ArmAssist?

•    Pacientes em fase aguda (depois de sofrerem um derrame cerebral);
•    Pacientes crônicos (para o trabalho contínuo dos membros superiores).

Robô ArmAssit está em fase de testes

  • Nos pacientes do Hospital La Fe, em Valência
  • Nos pacientes do Instituto Guttmann, em Barcelona.

Para saber mais sobre o tratamento: isaúde ou Blog O Povo

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Nova vacina protege contra o meningococo B

Pesquisadores desenvolveram a primeira vacina realmente eficaz contra doenças meningocócicas do grupo B. Já existiam imunizações para os outros quatro sorogrupos causadores de doenças: A, C, W135 e Y.

Os resultados de um teste clínico realizado no Chile com uma vacina desenvolvida pela farmacêutica Novartis mostraram que duas doses da vacina produziram quase 100% de proteção em adolescentes.

O sorogrupo B é responsável por quase 60% das doenças meningocócicas: meningite meningocócica ou a pneumonia meningocócica, por exemplo.

Em 2010, a vacina contra doenças meningocócicas do grupo C foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para crianças menores de 2 anos. Por isso, espera-se a diminuição da prevalência desse sorogrupo nos próximos anos e a ascensão de um novo. Então, a importância de uma vacina para o sorogrupo B, o único para o qual não existia uma imunização eficaz.

A vacina


Luciana Cerqueira Leite, do Instituto Butantã, explica que era difícil fazer uma vacina para o grupo B, pois os açúcares da cápsula que envolvem a bactéria imitam açúcares de algumas células humanas. A vacina precisa utilizar proteínas da membrana da bactéria. Contudo, as proteínas variam muito entre diferentes cepas de um mesmo grupo.

A vacina deve estar disponível no mercado em 2013. 

 Fonte: Estadão

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Instituto do Coração fará primeiro transplante com pulmão regenerado

O primeiro transplante de pulmão no Brasil com órgão que passou por um processo de regeneração deve ser feito a qualquer momento pelo Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Com esse avanço da medicina brasileira, surge um novo alento a 140 pacientes de todo o país que precisam receber um pulmão novo para continuar vivos. Metade desse universo está na fila de espera do InCor.

Por ano, são feitos em torno de 20 transplantes. Fábio Jatene, diretor do Programa de Transplante de Pulmão, explicou que, ao serem incluídos na lista dos pacientes passíveis de serem os receptores, esses pacientes têm chance de viver por mais dois ou três anos. Com a cirurgia, há uma sobrevida média entre 70% a 75% dos casos em sete anos, além de uma sensível melhora da qualidade de vida.

Os transplantes de pulmão são os mais complexos. Apenas entre 5% a 10% das doações são de fato aproveitadas porque o pulmão se deteriora muito rapidamente e está mais sujeito a contaminações pelo contato com o exterior. 

A técnica

No Canadá, a técnica já é adotada e a experiência bem sucedida soma 30 cirurgias com órgão recuperado. Esta técnica consiste na utilização de uma solução líquida introduzida, lentamente, por meio de cânulas na artéria e na veia pulmonar como forma de reduzir ou eliminar o edema, o inchaço, que impede a troca gasosa do organismo e é um dos principais obstáculos ao aproveitamento do pulmão retirado de um paciente com morte encefálica. O medicamento faz, assim, uma espécie de higienização do órgão.

Transplante


Para a presidente da Comissão de Doença Pulmonar Avançada da Sociedade Brasileira de Pneumonologia e Fisiologia, Valéria Maria Augusto, explica que 99,9% dos transplantes ocorrem a partir de uma doação obtida de uma pessoa com quadro de morte encefálica. A entubação, segundo a médica, é um indício da probabilidade de infecção e, se isso se confirmar, a utilização do pulmão em questão já é descartada.

Segundo Valéria, mais da metade dos transplantes de pulmão são em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. O InCor informou que, dentre as enfermidades tratadas com essa intervenção, estão os casos de enfisema e fibrose pulmonar, além de hipertensão pulmonar e fibrose cística.

Fonte: Estadão

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Esportes de luta atraem público, mas não as seguradoras no Brasil

Mercado de apólices para atletas ainda é tímido, o que força esportistas a buscarem alternativas de proteção no exterior.

Os esportes de luta atraem cada vez mais público, basta analisar os dados do UFC (Ultimate Fighting Championship), evento com números que são de derrubar qualquer concorrente. O valor de mercado da marca que está nas mãos dos irmãos Frank e Lorenzo Fertitta é estimado em US$ 1 bilhão, segundo a Forbes e a programação do UFC é transmitida em mais de 132 países, alcançando 597 milhões de lares que falam 21 línguas diferentes. Amanhã, no dia 14 de janeiro, será realizada a segunda versão brasileira do evento e a expectativa é de que ele reúna 15 mil pessoas.

Anderson Silva, campeão da categoria até 84 quilos do UFC, por exemplo, tem um seguro além daquele oferecido pelo próprio evento aos atletas. No entanto, a apólice foi fechada no exterior.

No ano passado foi anunciado cerca de 350 atletas com contrato independente passaram a possuir um seguro de acidentes personalizado. A apólice foi um complemento à cobertura de eventos que os lutadores já possuíam e inclui proteção para os danos acidentais sofridos durante o treinamento, bem como incidentes fora do octógono, como acidentes de automóveis, por exemplo.

No Brasil, os seguros para atletas ainda se concentram nos praticantes de esportes com bolas, entre eles os jogadores de futebol. 

De acordo com ele, a tendência no Brasil é que seguros para atletas cresçam, ainda mais com a visibilidade do país com eventos como a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada, em 2016. 

No Brasil, quem recorre mais à modalidade são os clubes de futebol e fundos de participação em jogadores, que têm de prestar contas ao investidor e, por isso, buscam formas de pulverizar o risco. No caso dos lutadores, ele diz que a contratação de seguros adicionais se dá pelo fato de eles não acharem suficientes as coberturas oferecidas pelos detentores das marcas para as quais trabalham.  

SOBRE O UFC 
O último evento no Brasil, em agosto, girou R$ 66,8 milhões.
Leia mais: Blog Seguro-se
Fonte: Brasil Econômico